sábado, 16 de abril de 2011

Replicação do DNA


replicação é o processo de duplicação de uma molécula de DNA de dupla cadeia. Os mecanismos de replicação dos procariotos e eucariotos não são idênticos. Como cada cadeia de DNA contém a mesma informação genética, qualquer uma delas podem servir como molde. Por isso a replicação do DNA é dita semi-conservativa.
A replicação deve acontecer antes da divisão celular. Em procariotos a replicação ocorre entre as divisões celulares, enquanto que nos eucariotos ocorre na fase S da interfase (para maiores detalhes, veja ciclo celular). A replicação também pode ser reproduzida em laboratório através de um ensaio conhecido como PCR.
Para que o processo de replicação se inicie, é necessária a atuação de uma enzima, a DNA helicase. A enzima liga-se à cadeia de DNA e desliza sobre esta, quebrando as ligações entre as duas cadeias de nucleótidos -ligações de hidrogênio - ficando então as duas cadeias de DNA separadas. Em seguida, os nucleotídeos livres existentes no núcleo ligam-se, por complementaridade de bases, à cadeia de DNA. De uma cadeia original de DNA formam-se duas. A replicação do DNA é o processo de auto-duplicação do material genético, mantendo o padrão de herança ao longo das gerações.
Cada cadeia do DNA é duplicada formando uma fita híbrida, isto é, a cadeia velha pareia com a cadeia nova formando um novo DNA; de uma molécula de DNA formam-se duas outras iguais a ela. Cada DNA recém formado possui uma das cadeias da molécula-mãe, por isso o nome semi-conservativa.
Ao mesmo tempo em que a DNA helicase vai abrindo a molécula de DNA, outra enzima chamada polimerase liga um grupo de nucleotídeos que se pareiam com os nucleotídeos da molécula-mãe.
Além da capacidade de duplicação, o DNA também é responsável pela síntese de outro ácido nucleico muito importante para a célula: o ácido ribonucleico ou RNA. Da mesma forma que o DNA, o RNA também é uma molécula grande, formada por várias partes menores chamadas nucleotídeos. Por isso diz-se que tanto DNA como RNA são polinucleotídeos.
A replicação inicia-se numa zona da cadeia denominada tripleto de iniciação. Neste local as helicases começam a abrir a cadeia para ambos os lados da origem quebrando as ligações de hidrogênio existentes entre as bases complementares e dando origem a uma bolha de replicaçãoque é constituída por duas forquilhas de replicação. Em seguida liga-se às cadeias de DNA a enzima RNA primase que sintetiza um primer, que consiste numa sequência de bases de RNA que iniciam a síntese, visto que a DNA polimerase III não tem a capacidade de o fazer pela ausência de grupos hidroxila -OH expostos. Após a síntese do primer, a DNA polimerase III vai continuar o processo que ocorre no sentido da extremidade 5' para a extremidade 3' da nova cadeia. Como a DNA polimerase vai atuar para ambos os lados da origem de replicação, por cada cadeia simples de DNA existente, uma parte da nova cadeia será sintetizada na direção da replicação. Esta cadeia é sintetizada de modo contínuo e denomina-se cadeia contínua. Existe uma outra parte da cadeia em que a direção da replicação é contrária à direção da síntese, esta cadeia é sintetizada descontinuamente, isto é, a RNA primase vai sintetizar vários primers ao longo da cadeia, inicialmente próximo da origem de replicação e posteriormente a maior distância. Os fragmentos formados são denominados fragmentos de Okazaki. Entre estes fragmentos existem os primers que serão removidos e substituídos por DNA, pela ação de uma outra DNA polimerase, a DNA polimerase I. Como a DNA polimerase não consegue estabelecer a ligação entre esses nucleótidos e os que se encontram nas extremidades dos fragmentos de Okazaki, formam-se lacunas entre o grupo fosfato de um e o carbono 3' do outro. Esses nucleótidos são posteriormente ligados pela DNA ligase. A esta cadeia chama-se cadeia descontínua. As partes finais da cadeia de DNA denominadas telômeros são sintetizadas pela RNA telomerase por um processo de transcrição inversa, isto é, esta enzima sintetiza DNA tendo por molde RNA. Durante todo o processo de replicação atuam outras enzimas entre elas as SSB e as topoisomerases que têm como função evitar o enrolamento da cadeia durante a síntese.
Vídeo explicando o processo:

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Trabalho O.S.P - Cárie

A Cárie é uma doença infecto-contagiosa, que é caracterizada pela presença de bactérias cariogênicas, má higiene bucal e dieta rica em açúcar. As cavidades (cárie dentária) são as áreas que perderam substância como resultado de um processo que gradualmente dissolve a superfície externa mais resistente do dente (esmalte) e avança para o interior do mesmo. Devem existir condições propícias para o desenvolvimento da cárie dentária. A bactéria produtora de ácido deve estar presente e o alimento, para que prospere, deve estar ao seu alcance. Portanto, um dente propenso à cárie é aquele que tem relativamente pouco flúor, orifícios pronunciados ou fissuras que retêm a denominada placa bacteriana (depósitos de bactérias que se acumulam nos dentes). Embora a boca contenha grande quantidade de bactérias, só algumas causam a cárie, sendo o Streptococus mutans a bactéria mais comum.
Juntamente com o resfriado comum e a doença das gengivas, a cárie figura entre as afecções humanas mais comuns. A cárie continuará a desenvolver-se se não for tratada de forma adequada por um estomatologista. Uma cárie sem tratamento pode representar a perda do dente.
Fases do desenvolvimento da Cárie:
·         Cárie Incipiente: É caracterizada por manchas brancas (manchas de descalcificação). Esta é a fase inicial da doença cárie, não apresentando ainda cavidade, e portanto, podendo ser remineralizada.
·         Cárie de Esmalte: É caracterizada por uma pequena cavidade no esmalte. Até esta fase, a cárie não causa dor, pois o esmalte não apresenta terminações nervosas.
·         Cárie de Dentina: Após ultrapassar o esmalte, a cárie chega rapidamente a dentina e avança rapidamente. Nesta fase a cárie começa a causar dor.
·         Infecção Pulpar: Nesta fase, a cárie já atingiu a polpa, causando muita dor. Neste estágio é necessário o tratamento de canal.
Sintomas:
Logo no início a cárie não causa dor porque só atinge o esmalte, que é a camada mais dura e menos sensível do dente. Se não contida, a cárie avança em direção à dentina, camada mais profunda e sensível à dor. Em seguida, avança até a região do nervo do dente, causando inflamação do mesmo (pulpite) e muita dor. O que já era ruim pode ficar pior se não for feito tratamento adequado: podem surgir abscessos dentários (bolsas de pus) e lesões ósseas.



Prevenção:
A chave para a prevenção da cárie baseia-se em cinco estratégias gerais: uma boa higiene bucodentária, uma dieta equilibrada, o flúor, as massas de obturação e uma terapia antibacteriana.
Uma boa higiene bucal pode controlar eficazmente a cárie.. Esta consiste na escovagem antes ou depois do pequeno-almoço, antes de deitar e em passar o fio dental diariamente para eliminar a placa bacteriana. A escovagem previne a cárie que se forma nos lados dos dentes e o fio dental atinge os pontos entre os dentes que não se atingem com a escova. Pode utilizar-se um estimulador gengival com pontas de borracha para retirar os resíduos de alimentos alojados na margem das gengivas e das superfícies que estão face aos lábios, às bochechas e ao palato.
O flúor proporciona aos dentes, e ao esmalte em particular, uma maior resistência contra o ácido que contribui para a cárie. O flúor ingerido é particularmente eficaz até aos 11 anos de idade, aproximadamente, quando se completa o crescimento e o endurecimento dos dentes. A fluoração da água é o modo mais eficaz de administrar o flúor às crianças.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Especializações de Odontologia

Algumas especializações de Odontologia:

Cirurgia e traumatologia buco-maxilo-facial

É a especialidade da odontologia que trata cirurgicamente politraumatismos e malformações de ossos da face, doenças da cavidade oral e de estruturas anexas a ela, aferindo funcionalidade e estética às estruturas que porventura tenham sido afetadas por cortes, fraturas ou lacerações, tais como boca, língua, lábios, olhos, pálpebras, nariz, dentes e ossos maxilares.

Cirurgia Ortognática

É uma sub-especialidade da Cirurgia Buco-Maxilo-Facial que busca corrigir falhas dento-faciais causadas devido ao posicionamento insatisfatório das arcadas dentárias e demais ossos da face em relação à base do crânio. Estas falhas classificam-se em Micrognatismo, onde a mandíbula é menor do que a maxila e Prognatismo, onde a mandíbula é maior do que a maxila. Há indícios de que uma das causas do ronco noturno seja o micrognatismo. Tanto a cirurgia buco-maxilo-facial quanto a cirurgia ortognática são realizadas em ambiente hospitalar, sendo o período de internação desta última menor em relação ao da primeira.

Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial

Problemas nos músculos mandibulares e nas articulações da mandíbula (ATMs) podem causar dores associadas a face, pescoço, tecidos da cabeça e estruturas da cavidade oral, além de dores de ouvido e de cabeça. Estes casos são conhecidos como Desordens Temporomandibulares (DTMs) e ainda não se tem conhecimento total sobre suas causas. As DTMs podem ser classificadas em: Dor Miogênica, a mais comum delas, causa desconforto nos músculos mastigatórios; Desarranjos Internos da ATM, presença de disco articular mal posicionado ou lesão articular; Doenças Degenerativas da ATM, como osteoartrite ou artrite reumatóide das ATMs. Ressalva-se que um único paciente poderá apresentar mais de uma das formas de DTMs.

Odontologia Legal

A Odontologia Legal é a especialidade da Odontologia que busca pesquisar fenômenos físicos, químicos e biológicos que podem ter atingido o homem vivo, morto ou sua ossada, além de vestígios e fragmentos que possam ter causado lesões parciais ou totais, sejam estas reversíveis ou não. Através da análise da arcada dentária e dos dentes, pode-se obter informações relevantes na solução de problemas de cunho criminológico. As técnicas de DNA garantiram melhoras no trabalho do odontolegista, pois mesmo em casos onde os vestígios humanos se tornam escassos, os dentes tendem a resistir às mais extremas situações, pois se tratam das peças mais resistentes do corpo humano.
Outras Especializações